sexta-feira, junho 17, 2005

Eternidade

Nem sempre podemos fazer aquilo que mais gostamos para sempre. A eternidade é uma palavra demasiado pesada. Quase nada é eterno, se mesmo nada...
A dança foi mais que uma paixão: quando se é criança nem se tem bem a noção das coisas. Mas a entrega sempre foi completa. Talvez fosse um dom escondido que felizmente pôde ser revelado e vivido intensamente.
Foram mais de 10 anos de entrega total, de felicidade extrema, de orgulho sentido, de alegrias partilhadas e de gestos sinceros. Quem me viu dançar sempre disse que eu me transformava. Na realidade, o palco faz despertar no corpo mil e uma sensações diferentes: um misto de alegria, concentração, êxtase, nervosismo, entrega e paixão. O esvoaçar das roupas é algo que nunca se esquece.
Sinto falta, um vazio que corrói por dentro o meu corpo e o meu coração mas que mantém a chama da paixão acesa. A dança sempre será um dom e mais que tudo uma paixão sentida todos os dias, a todas as horas.
Fora muitos sonhos realizados, e alguns deles ficaram pelo caminho, mas foram anos de muita aventura e descoberta.
Quem sabe um dia não poderei alcançar mais algumas metas!

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