quarta-feira, janeiro 12, 2005

Malta

País que muita gente desconhece mas que eu tive oportunidade de conhecer o ano passado, 2004.
Confesso que era uma ignorante em relação a este país, até a localização tive de ir confirmar a um mapa porque tinha algumas dúvidas de onde ficava. Talvez nunca iria por a hipótese de visitar Malta mas surgiu uma oportunidade e eu adoro viajar por isso não recusei.
Fomos um grupo de 50 pessoas, todos super animados, cerca de 15 jogadores de ténis de campo e os restantes pertenciam a um grupo de danças. Eu fui um pouco como "outsider" mas pude aproveitar ainda melhor o país.
Malta constitui-se por três ilhas: a Ilha de Gozo onde fiquei nos primeiros 4 dias, a Ilha de Malta onde fiquei mais 5 dias e a Ilha de Comino, desabitada.Todas as ilhas são semelhantes e caracterizam-se por um solo extremamente incerto e cheio de pedras, amontoados de casas de tijolo seco, sem qualquer pintura, sem telhados, sem janelas... O clima é extremamente seco, chove em média 10 a 15 dias por ano o que dá para imaginar a secura do país. Daí a falta de telhados e janelas, simplesmente não são necessários.
Nas capitais de ambas as ilhas - Victoria em Gozo, La Valletta em Malta - já é tudo um pouco diferente. São cidades mais parecidas com as nossas, cafés, algumas lojas, prédios com varandas mas tudo igualmente sem pintura o que torna a paisagem sempre bastante igual. Há a realçar os autocarros espectaculares, daqueles que fazem lembrar Cuba, super antigos, todos cinzentos em Gozo e amarelos em Malta. Numa mesma rua somos capazes de encontrar 10 tipos diferentes, cada um mais antigo que o outro, cada um mais curioso que o outro, cada um mais bonito que o outro.
Os malteses são um povo extremamente religioso, existem Igrejas quase de 100 em 100 metros e não são pequenas Igrejas, são Catedrais e Santuários imponentes e com largos séculos de história. No Museu da Catedral de La Valletta até fui encontrar originais de Caravaggio, que nunca pensei ir encontrar em Malta!
Trata-se de uma cultura em tudo diferente da nossa, mais próxima da cultura árabe penso eu, e foi isso que mais gostei de conhecer, de contactar com aspectos diários tão diferentes dos meus, horários diferentes, alimentação diferente, pensamento diferente.
É um país que, no seio da sua "aparente" pobreza, consegue manter um nível de vida aceitável, aproveitando o turismo para enriquecer. Para terem uma ideia, uma lira maltesa equivale a 2,5 euros, nada aconselhável a grandes compras!
A ausência de praias com areia leva a que se dê mais importância a grandes piscinas ou a baías e enseadas naturais com uma água maravilhosa. E o tempo é excelente para uns bons mergulhos.
A palavra MERBHA (bem-vindo) encontra-se por todo o lado a comprovar que os malteses sabem receber bem e eu gostei muito de conhecer aquelas ilhas perdidas tão diferentes do meu mundo!

Sem comentários: